- Ano: 2016
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Fotografias:Divyesh Kargathra
Descrição enviada pela equipe de projeto. Ahmedabad é predominantemente seca durante o ano embora ocasionalmente chova durante os meses de monções, de Junho a Agosto. Os clientes contactaram o escritório em busca de uma casa para o jovem casal com uma filha de 9 anos e seus pais.
As árvores pré-existentes e o grande quintal determinaram a exata localização do volume construído; o pavimento térreo tem curvas que envolvem as árvores, mantendo todas as 284. Muitas das fundações foram cuidadosamente posicionadas e cavadas a mão para preservar as raízes, fazendo as árvores se tornarem geradores de vistas específicas e abertas à pátios. O resultado é um labirinto amorfo de espaços interconectados.
A chegada é anunciada por uma cobertura de 16 metros sem colunas, que cria um espaço de pé direito de 2,5 metros, conectado com painéis verticais de madeira que atuam como persianas. Este espaço filtra e permite que as brisas fluam livremente através do pátio principal e demarca uma árvore existente como uma escultura, uma poderosa presença da natureza que se percebe em toda a casa.
A arquitetura utiliza diferentes estratégias para diminuir o calor intenso.
Pavimento Térreo
É composto por uma planta orgânica ligada por massivas paredes de taipa e pátios que preservam as árvores, com persianas verticais de madeira pivotantes, janelas equipadas com telas para barrar os mosquitos e permitir a circulação de ar.
Com a ajuda de grandes, painéis de correr em vidro, os espaços de vida e de refeições se conectam delicadamente aos jardins do entorno. A sombra do balanço superior traz um respiro e dá as boas vindas à esta região tropical.
Como elemento extra de resfriamento passivo, os dispersores de irrigação se ativam em frequências alternadas para umidificar o jardins que possuem samambaias, Monsteras, Allocasias, Filodendros, Palmeiras Rafis, Terminalias e outras espécies de plantas.
Pavimento Superior
O primeiro pavimento é embrulhado em uma envoltória de aço Corten, com painéis individuais de 0,5 m x 5,5 metros de altura, apoiados na estrutura interna e criando uma fachada ventilada para absorver o calor do sol incidente e liberar a circulação de ar em direção para cima, reduzindo portanto os ganhos de calor nos interiores.
As esquinas do volume estão perfuradas com padrões geométricos de influência árabe, em uma referência à mesquita de Sidi Saiyyed Jaali, um monumento arquitetônico de Ahmedabad. Estes espaços se convertem em luz filtrada criando desenhos de sombras, juntamente com os painéis de correr na fachada.
O isolamento de espuma sobre a cobertura aliada com azulejos esmaltados refletivos, painéis de correr, grandes espaços de Agassi e a fachada dupla ventilada de Corten trabalham em conjunto para reduzir os ganhos de calor.
A natureza resultante levou o projeto de uma série de móveis e objetos específicos para cada lugar. Foram desenhados em secções de latão e madeira, além de outros itens do mobiliário feitos sob medida.
A escadaria principal para o nível superior é um conjunto de madeira grossa semelhante a uma pilha de um pátio de secagem, o guarda corpo da escada foi feito a mão em madeira de jacarandá como um objeto precioso, com os cantos dobrados de latão fundido, pronunciando um luxo elegante juntamente com uma sensação de atemporalidade.
Em todo o projeto, o nível artesanal é excelente. Todos objetos de arte foram doados aos clientes por amigos e familiares.
Projetos como este deixam uma boa produção para trás, cinco anos de reuniões, maquetes, êxitos e fracassos, uma coerência da equipe de arquitetos criando junto com artesãos e clientes.
Um esforço gratificante para todos os envolvidos.
O nome da casa é uma homenagem de sua filha "DIYA”, que significa a luz que ilumina.